quarta-feira, 15 de junho de 2011

"CAMBIO LONGO" VERSUS "CAMBIO CURTO" - A ETERNA BRIGA

 
O "espaço" entre as marchas, conforme vimos é determinado pelas características de funcionamento do motor. Naturalmente um motor mais elástico permite relações entre marchas mais espaçadas e motores de maior potência especifica, relações mais próximas entre si.

Mas não é nenhuma regra "estanque". Existe uma flexibilidade e fica a critério do fabricante, dentro das limitações do projeto, colocar mais ou menos marchas entre a primeira e a marcha de velocidade máxima. Um mesmo carro, com a mesma motorização pode apresentar relações de câmbio distintas. A VW mesmo chegou a oferecer o Passat nos idos de 1983 com duas opções de câmbio - Normal ou Longa (tinha até um adesivinho no painel dizendo "Câmbio Longo). No caso do Passat "normal", tinham-se 4 marchas REAIS (a velocidade máxima era atingida em 4 marcha) e no "Câmbio Longo", a velocidade máxima que a terceira atingia era igual a atingida em quarta marcha. Era o que o pessoal chamava de câmbio 3+E (tres marchas de andar e a 4 de "descanso" como o povo dizia).

Via de regra, a maioria dos carros nacionais são carros de 5 marchas reais (a velocidade máxima é atingida em 5 marcha) mas existem exceções. Ford Ranger a diesel 3.0 (velocidade máxima em 4 marcha), os novos VW Pólo e Gol's de geração antiga com motorização AP1600.

Transmissões longas em motores "elásticos" favorecem o consumo e o motor trabalha em rotações mais baixas. Por outro lado, em certas situações, requerem redução de marchas com maior freqüência (especialmente em uso rodoviário) e quando a transmissão é longa demais, aparecem os famosos "buracos" em que a gente acaba pensando que poderia haver uma marcha a mais entre a segunda e a terceira ou a terceira e a quarta...

Transmissões curtas fazem que a condução se dê em rotações mais altas, favorecem a agilidade (o motor "enche" mais rapidamente) mas por outro lado, em velocidade, aumentam o nível de ruído (andar a 120km/h em 4000 rpm's o tempo inteiro é uma chatice) e o consumo de combustível.
Numa ótica puramente pessoal, "câmbio curto" não é do meu agrado. Prefiro escalonamentos mais abertos. Já o brasileiro em geral prefere o contrário...

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