quarta-feira, 15 de junho de 2011

CAIXA DE TRANSFERÊNCIA, OU T-CASE.

As caixas de transferência são pequenas caixas colocadas logo após o câmbio e que tem por função dividir a força para os eixos traseiros e dianteiros. Antigamente as caixas de transferência eram pesadas, repletas de engrenagens pesadonas, repletas de peças móveis e os motores, fracos, sem força para tocar todo o conjunto. Dai a necessidade das rodas livres que desacoplavam as rodas dianteiras afim de não permitir que o eixo dianteiro girasse e por conseqüência, o cardã e a própria caixa de transferência, gerando arrasto adicional (e consumo de combustível) ao veículo.

Com o passar dos anos, as caixas de transferência foram sendo aprimoradas, sendo reduzido o numero de peças moveis e o acoplamento do cardã dianteiro, feito por um sistema de correntes, o que reduz e muito o arrasto do conjunto, seu peso e o numero de componentes suscetíveis a darem problemas. E isso sem falar no grande avanço: Além de redução no arrasto (chegando ao extremo de eliminar a roda livre em alguns veículos, como a Ford Ranger e algumas versoes do Troller), tem-se a possibilidade de engate do conjunto em movimento, em altas velocidades (geralmente até 90km/h).

Junto a ela, tem a reduzida, que são engrenagens que rodam livres dentro da caixa, sendo acopladas aos eixos pilotos por meio de luvas (igual a uma caixa de cambio).

Na maior parte dos veículos "traçados" como se diz o linguajar popular, (4x4) a força transmitida para o eixo dianteiro é a mesma para o eixo traseiro. Dai a importância de se ter pneus com o mesmo tamanho e perímetro em ambos os eixos. E evitar ao extremo, ligar o 4x4 em pisos de aderência, pois acaba forçando todo o conjunto...e o ponto mais fraco dele será o "fusível" que estourará quando forçado.

Alguns veículos apresentam a possibilidade de se utilizar o 4x4 "full time". O TR4 da Mitsubishi acho que é o exemplo mais conhecido. Nesses veículos, existe um pequeno diferencial na caixa de transferência que compensa eventuais diferenças no perímetro dos pneus, não forçando o conjunto. Existe a possibilidade de se bloquear esse diferencial, fazendo com que as rodas dianteiras e traseiras puxem por igual. Nos Estados Unidos, a VW Quantum utilizava o mesmo sistema, mas este ficava denro da caixa de transmissao.

Outros veículos apresentam um acoplamento viscoso (tipo um conversor de torque) que quando falta aderência joga a potencia da roda dianteira para o eixo traseiro (leia-se Ford Ecosport), mas é um sistema mais fraco, apenas para locais com lama mais "light". Existe bloqueio para esse conversor (faz as rodas puxarem por igual), mas a ausência de reduzida limita muito esse tipo de veiculo.

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